
Vamos eleger os poemas e os poetas do ano 2025, em Portugal. Um concurso de tema livre, aberto a todos os autores maiores de 18 anos. Aqui, quem vota é o leitor, e os poemas mais votados serão editados em livro, numa antologia homónima.
"POETAS DO ANO" é um concurso de poesia promovido pela Creative Books
Vamos fomentar o interesse pela poesia, incentivar a escrita e divulgar os autores de poesia escrita em língua portuguesa.
FUNCIONAMENTO
1. O concurso decorre entre os meses de abril e dezembro de 2025, com entregas mensais de poemas por parte dos participantes;
2. Cada participante pode apresentar um poema por mês;
3. A participação é efetuada até às 23h 59min do último dia do mês anterior ao do concurso, através do formulário abaixo;
5. A votação é aberta ao público e decorre mensalmente entre as 12h do primeiro dia e as 23h 59min do último dia do mês;
6. Os 10 (dez) poemas mais votados de cada mês serão publicados em livro.
Consulte o regulamento completo.
METAS
Escreve poesia? Participe no concurso “Poetas do Ano” e veja o seus poemas publicados em livro.
LIVRO
Os 10 (dez) poemas mais votados de cada mês são publicados em livro pela Creative Books, numa antologia homónima, sem qualquer custo para os participantes.
PROMOÇÃO
É oferecido um pacote promocional de publicação ao autor do poema mais votado. As características serão anunciadas mensalmente na página web da Creative Books.
DIPLOMA
Os autores dos 3 (três) poemas mais votados do mês recebem um diploma digital de Poeta do Mês.
PARTICIPE JÁ!
PARTICIPAÇÃO
Efectue a sua participação através do formulário. Relembramos as carecterísticas da obra:
1. A participação é submetida com uma declaração de compromisso do candidato em como é o único autor da obra original e inédita e que a mesma nunca foi publicada em papel ou nas plataformas digitais, constando da mesma o nome completo do autor, a sua nacionalidade, número de documento de identificação e respetiva validade;
2. Os poemas a concurso devem ser: escritos em língua portuguesa; inéditos; de tema livre; intitulados e assinados;
redigidos com o tipo de letra Arial, tamanho 12, espaço e meio entre linhas, não devendo ultrapassar uma página A4.
Submeta o seu ficheiro em formato .docx (word) ou .pdf. Consulte o regulamento completo.
VOTAÇÃO
Paciência minha, para onde foste?
Com tua atenção e a tentativa nua,
Que me relaxa em vários momentos,
Eventos alheios da culpa bem frágil,
Hábil no sonograma mental gasoso,
Mimosa caligrafia do meu corpo.
Rabiscos como sopros prazerosos,
Não são completos se tão grandes,
Amante dos pequenos livramentos,
Rebentos desta boa ânsia criativa,
Ilusionista na forma e sua execução,
Pelo tal pouco tempo requerente…
Um compromisso carnal consumado,
Pelos corações, cruzes e esses balões,
Escritos na pele de pessoas amigas,
As encrencas pessoais dos desejos,
Sucedidos à escuta da imperfeição,
Mas ideais para quem percebe nada.
Investimento em aprendizagem disso,
E o tal rebuliço nas remelas escuras,
As surras pelos falhanços sucessivos,
Mas contente por sua ciência precisa,
Onde emerge desenho em cada dez,
Sabendo que os nove fazem os pés.
Sinto esse teu bruto desprezo como fel
Que penetra nas narinas qual perfume
Artifício mísero e moribundo que na pele
Não mesura odor, apenas exala queixume
No menosprezo de um simples gesto ou olhar
E deserto de palavra qual inerte sentimento
Enxergo desdém nutrido por minha presença
Em buliçoso bailado de dorial fingimento
Quando a colacia é mera miragem irreal
Iludindo a nobre alma de quem ama ainda
O amor se aparta sem dolência ou remorso
Converte subtil neblina em opaca cacimba
Quando o sorriso se reveste de hipocrisia
E o afável abraço em manhoso cenário
Nos olhos o ensejo de encapotar irrompe
Tal testemunho de indubitável calvário
Sinto esse teu desprezo como sentença
Dum amor que é findo, retrato penoso
De alguém que sussurra por liberdade
Um final almejado, ardente repouso
E na frieza de um beijo que é dado
Para corroborar esta fábula fingida
O estorvo e a repulsa fazem tela
Em obra de arte de autoria bandida
E nesse vazio que folego a cada manhã
Coberto por manto de solidão tristonha
A muda de rota e destino fica imperativa
Na indagação de amor e vida mais risonha
Foi jura de outrora nunca mais derramar
Em meu rosto, lágrimas vãs e sem valor
Se o amor finda sem convincente solução
Deixa-o partir com o impertinente fulgor
Já rareiam os
Pássaros
E as indispensáveis abelhas
São quase memória
O Céu ainda parece ser azul
Mas a chuva é cada vez mais
Ácida
E os Homens…
Ah! Os Homens!
Esses…! Perderam a vergonha
Definitivamente!
Nas múltiplas ignomínias
Perpetradas em todas as Gazas da Terra.
Nada me foi dado, ao escavar a sina,
Tão pouco o respirar da palavra,
Com a qual pulso fazer-me,
Verti em mim, o que invisível a outrem,
Ligou-me a instintiva volúpia do querer ser,
E para existir, esculpi faces, lavrei estradas.
Só me sei a degustar os assombros,
Que revestem a sombra margeada,
Da qual como planta, de si restauro.
Faço-me caule na terra que habito.
Resisto. Pulso. Revivo. Dou-me instante.
Faço-me ouvir na calada dormente.
Escuto-me. Não sei.
Apenas sorvo e desvelo.
– Que os outros em mim me traduzam.
E de repente,
Tudo se apagou.
O que um dia,
Foi claro e luminoso,
Hoje é incerto e doloroso.
Ver as horas passar
E a escuridão apoderar-se
Do melhor que há dentro de nós.
O mundo se devasta
E leva consigo,
De arrasto
Tudo à sua volta.
Resta-me dizer-te,
À luz das velas,
Que se tivesse algum poder,
Escolhia amar-te para sempre.
Amar-te seria o meu único ato político,
E jamais teria remorsos,
Pois viveria para sempre
No teu pensamento
E tu,
No meu coração.
Enquanto existe luz,
Existe amor.
Para onde vai o amor quando a luz se apaga?
1.
Os corpos já não são corpos
Os sentidos já não são sentidos
Antes um coletivo monstruoso
Medonho dos mais puros de nós
Feito de…
Olhos impermeáveis coriáceos
Que nada vêem
Ouvidos de absorvente cortiça
Que nada ouvem
Boca feita de catedral gótica
Onde ressoa insuportável o silêncio
Ossos como searas ondulantes
Que se vergam á menor brisa
Somos monstros…
Que vêem e não se indignam
Que ouvem e não se insurgemq
Que abrem a boca e não lutam
Que se vergam ao luxo da brisa
Monstros…
Quando a dor nada nos diz
Quando a injustiça passa por fado
E a morte é um número distante
Onde calam os monstros, Cada um
Monstros…
Não porque não ouvem
Não porque não vêem
Mas porque ouvindo e vendo
O sofrimento nada lhes diz
2.
Apenas o seu próprio desconforto lhes empresta uma réstia de humanidade e nela, a virtuosa
monstruosidade que é ser humano alturas percebi:
D’onde estás o mundo parece pequeno,
Nas tuas mãos não é mais do que um brinquedo
Moral, amor, medo, estão abaixo de ti.
Hoje, sou Ícaro que sobreviveu a queda.
Quebrado, torto, cheio de mazelas,
Ainda e sempre canta a tua Era!
De saudades fiz-me vagabundo.
Procurei-te em mim, nos outros, no mundo…
Meu amor, tu és sem igual.
As palavras correm apressadas
nas suas sílabas,
através das margens do poema.
Uma atrás da outra,
no fluxo acidentado
das entrelinhas.
Mantêm-se à tona,
apesar das represas
onde se precipitam,
antes de chegarem
ao mar da memória.
Levam, nas suas conchas fechadas,
o peso das pedras e as feridas abertas,
mas também a doçura das cerejas
aquecidas pelo sol.
Depois, desaguam, líquidas,
na planície da escrita,
à procura do sentido da vida,
na voz dos poetas.
Considero me e sou estranha!
Carregada sempre de saudade
De quê? Sei que se entranha
mesmo contra a minha vontade
Procuro mais… e sempre mais
Sem encontrar. Quê? sensitiva
em excesso…e cada vez mais
com sede de inovação positiva
Quisera tal como a águia ser!
Livre e leve a esvoaçar no alto,
na imensidão. Anseio de poder
viver em paz, sem sobressalto!
Mas sempre me cortam as asas
Elas renascem presas, pesadas
Vencida, baixo o voo, frustrada!
Invejo a águia, admito, perturbada
Pulsa, no ar, intangível, sem atalho
Que torpor! Será que nada valho?
Encaro a vida como diáfano afago
Tudo me parece impreciso e vago
Contenho-me na vertigem
Da queda calada e ignota
Que só se projeta à imagem
Das asas d’uma gaivota
Sirvo-me da margem estreita,
Do abismo tremido, indeciso, cortante,
E que se alheia do que há de semelhante
Entre o ímpeto firme, que tanto quer voar,
E o temor do vibrante prenúncio que mente
Sem sequer… poder sonhar
E vejo tudo em mim o que quereis abater
Todas as minhas sombras no chão
Pois à vossa coerção,
Tiveram de ceder
Mas haverá algo de Fado
No despender da minha sombra
E do grito que tanto… me foi negado?
Mente … o que sente,
Cala … o que fala,
Numa voz cedente,
Numa dor que abala,
Numa bala de lata,
Num ente demente,
Que acata o que mata,
Que desmente o presente.
Cede … o decente,
Fala … o que rala,
Num crente descrente,
Num estar numa vala.
Na verdade que enfrente,
Na conversa que embala,
Desmente o que mente,
Resvala o que fala.
Há quem corra atrás da glória,
Gravando o seu nome na história.
Quem conte as notas ao fim do dia,
Pensando que nisso há alegria.
Mas de que serve o ouro e a prata,
Se o coração vive sem graça?
Se o riso falta, se a paz se ausenta,
Se a alma chora, se a dor aumenta?
O tempo ensina com mão certeira,
Que a vida é frágil, passageira.
VIVE A VIDA, ela não permite recomeço
Porque muitas coisas têm valor, outras não têm preço.
Não sei porque gosto de ti,
Não fui eu que escolhi.
Não é como se eu pudesse escolher
O que o coração prefere colher.
Queria te odiar, queria que a dor que me fizeste sentir
Transmitisse todo o sofrimento que me provocaste,
Queria que desaparecesses, queria que não existisses.
A minha vida corre, mas acaba sempre por tropeçar
Em pensamentos que te englobam, em coisas que me disseste.
Queria matar-te mas isso seria matar-me, já és parte de mim
E eu não me consigo odiar, mas porque é que ainda gosto de ti?
Dizem-me da sintonia que envolve o amor.
Inspiração em palavras a fervilhar no coração.
A essência do amor. Realidades.
E escrevo. Com cuidado. O zelo no poema.
Tempo que habita dentro das expectativas.
No olhar um do outro, raízes em respiração.
Desejo em ensaio. Audição de silêncios.
Mundo imenso. Em roda viva. A vida portátil.
Dizem-me da alma que realiza o amor.
Os sentires gravados em promessas.
Em gavetas a construção da vibração.
Momentos que se vivem, o desejo um no outro.
Passos a compasso. Diálogos, personalidade.
O habitar dos impulsos. Promessas e sedução.
Fotograficamente sonhos, plenitudes, certezas.
Nas componentes do vínculo, apego preciso.
Dizem-me da finalidade essencial do amor.
As palavras emergem como setas. Fora de nós.
Quão breve o recital da alegria. Poeiras no vazio.
Tatuagens. A origem do importar. Nunca o sempre?
Estar e ser. Realidade e desejo. Par (Nov) a construção.
Habitar a revisitação. Encontrarmo-nos. E a vontade?
Adenda: verificação e manutenção. O Amor pode amar?
E escrevo. Poema incompleto. Modo de usar? Para polir.
Já cheira a setembro…
a brisa, o som muda de tom
e aquele momento relembro,
deleita-me como quem cuida do que me cura.
Versos que ecoam… tempestade no mar,
vento que tudo leva pelo ar.
Elevo o pensamento,
aprecio o momento.
No café de mar encontro guarida,
sabor que me ergue,
ritual da vida.
Hoje, embora cansada,
fecho os olhos, respiro,
um balão azul sobe ao céu,
como o cheiro do ar
na chávena quente entre as mãos.
E com este café de mar
quero vos desejar
um setembro inteiro
com brisa ligeira,
calma no peito
e luz verdadeira.
Hoje sou calma, focada e capaz.
Cada desafio é oportunidade,
cada passo é verdade.
Na minha jornada, encontro Paz.
Trago nas veias rios que não bebi,
correntes antigas que me atravessam,
mares que nunca vi, mas que me empurram
como vento antigo em velas de linho.
Sou árvore plantada antes do meu nome,
raízes fundas a beber do escuro,
tronco que carrega vozes sem rosto,
folhas que respiram memórias alheias.
Dentro do meu peito dançam sombras,
dançam avós que nunca toquei,
mãos calejadas a semear futuros
na terra húmida do meu silêncio.
Sou herdeira de cicatrizes não minhas,
de risos guardados em caixas de pão,
de cantos sussurrados ao lume,
onde o tempo se encolhe para caber na chama.
A ancestralidade é o eco que me guia,
é mapa invisível nos ossos do corpo,
é pássaro que voa por dentro da pele
e me recorda:
eu sou só mais uma centelha
no incêndio eterno da linhagem.
Fecho os olhos e deixo-me estar,
ouço as cigarras a cantar,
sinto a aragem na pele
e os meus cabelos teimam em esvoaçar.
Na minha mão guardo a tua,
a fazer-nos companhia apenas a Lua.
E algumas estrelas brilham sem cessar,
ofuscadas apenas pelo teu olhar.
Conta-me histórias com o silêncio,
fala-me assim de ti.
Deixa que o tempo passe devagarinho
e que o vento o leve no seu caminho.
Docemente,
sem pressas,
na inquietude do momento.
Abraça-me o coração com o teu amor,
beija-me os lábios com toda a tua alma.
Aquece-me com todo o teu calor,
faz do teu corpo a minha cama.
E se o amanhã chegar,
fecha-lhe a porta,
não o deixes entrar.
NOTAS:
1. O ponto 7 do Artigo 3.º, que indicava a possibilidade de um único voto mensal (por bloqueio IP) foi suprimido a 4 de abril, após várias solicitações de autores e vontantes, conforme publicação nos nossos canais digitais.
2. Desde o dia 4 de abril, cada utilizador tem direito a um voto por dia (24h) no seu poema favorito, com bloqueio definido por Internet Protocol (IP). Significa que se vários utilizadores partilharem a mesma ligação de Internet, só será possível efetivar um voto por dia através da respetiva ligação. O limite de votos é definido por IP e não por dispositivo (telemóvel, computador ou tablet).
Exemplo: no dia 1, às 15:00, a Maria utilizou um dispositivo em casa, ligado à rede local, para votar no seu poema favorito. Assim, só poderá repetir o voto – a partir da mesma rede local – quando passarem 24 horas, ou seja, no dia 2, após as 15:01;
3. Os resultados serão apresentados conforme estipulado na alínea a) do ponto 1 do artigo 3.º. Os 10 (dez) poemas vencedores são divulgados nas redes sociais da Creative Books até ao quinto dia útil do mês seguinte;
4. Para confirmar a validação do seu voto, verifique o sinal verde no topo do pop-up de votação.
VENCEDORES